Estudar as nossas raízes faz parte de um processo de autoconhecimento...

Estudar as nossas raízes faz parte de um processo de auto-conhecimento...

Pretende-se que este blogue se materialize num importante contributo para o estudo das famílias do Alentejo, com especial incidência nas zonas de Borba, Estremoz, Vila Viçosa, Alandroal e Redondo.





“A genealogia não deverá tornar-se num processo dissimulado de busca obsessiva por gente nobilitada, socialmente distinta, mas antes como um veículo facilitador do conhecimento e apropriação do modo de vida daqueles que, independentemente do seu estatuto social e da sua condição económica, representaram o elo de uma corrente - a mesma que só tomou forma porque cada elo esteve em dado momento no seu lugar, com maior ou menor bravura, maior ou menor sofrimento e espírito de sacrifício, mais ou menos propósito, simplesmente teve a nobreza e o dom, que mais não fosse, da sua própria existência… e creiam que à medida que vou envelhecendo, vou proporcionalmente tomando maior consciência da importância e necessidade de “genealogia” e “humildade” caminharem sempre de mãos dadas…”

__________________________________________________________________________ O Autor





Sequeira

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Proc. nº 1704 da Inquisição de Évora  - Torre do Tombo

INÊS VAZ  [acusada de judaísmo, heresia e apostasia] - presa em 1657
 
[resumo da genealogia]


 - Natural de Borba, tinha 47 anos quando interrogada (1657), foi presa por culpas de judaísmo, heresia e apostasia. Declara que foi baptizada na Matriz de Borba e crismada no Convento da Esperança, em Vila Viçosa, pelo Arcebispo Dom José de Mello.
Quem lhe ensinou a prática do culto judaico foi seu tio materno João Fernandes.

Era solteira, filha de Afonso Lopes, que foi saboeiro, já defunto, natural de Borba, e de sua mulher Maria de Sequeira, cristã nova (xn), natural de Vila Viçosa. Não nomeou os avós paternos. Era neta materna de Garcia Fernandes e de Maria Gonçalves.


Irmãos:


1. João de Sequeira, que faleceu solteiro.
 
2. Leonor de Sequeira, que casou [1647 na Matriz de Vila Viçosa] com o Cap. Lucas Barroso. Faleceu sem descendência.

3. Maria de Sequeira, que casou [possivelmente o ocorrido em 1644 na Matriz] em Vila Viçosa com Jorge Fernandes Mesas, xn.
   
Tiveram filhos:

    3.1. João de Mesas, que era solteiro.
 
     3.2. António de Mesas [Proc. 2249 IE], que era solteiro.

    3.3. André de Mesas, que era solteiro.

     3.4. Soror Joana Francisca Baptista [Proc. 9309 IE], freira no Convento da Esperança.  


Tios paternos e primos:

1. Manuel Dias Guterres, xn, tendeiro, que casou com Constança Mendes.

Tiveram:

1.1. Francisco Guterres, que era solteiro. 

1.2. Soror Francisca da Anunciação, freira no Convento da Esperança, em Vila Viçosa.

2. Leonor Vaz, que casou com Francisco de Mesas, xn, saboeiro.

Tiveram:

          2.1. João de Mesas, advogado, faleceu solteiro.

3. Maria Gonçalves, que casou com Jorge Fernandes Mesas, tratante, xn.

Tiveram:

          3.1. Manuel de Mesas, morador em Elvas, que casou com Grácia Dias, xn.

4. Ana Lopes, que faleceu solteira.

5. Isabel Lopes, que foi casada com Manuel Dias, alfaiate. Não houve filhos.

  6. Catarina Lopes, que casou com Lourenço Rodrigues, xn, Procurador do Assento em Vila Viçosa. Não houve filhos.

Tios maternos e primos:

 1. João Fernandes [Proc. 10188 IE], saboeiro, morador em Borba, que casou com N [apurámos, posteriormente, que foi casado com Brites Nunes. João Fernandes faleceu nos cárceres antes de confessar. Foram convocados os parentes para defenderem a sua honra, mas ninguém compareceu. Foi relaxado em estátua à justiça secular.]

Tiveram:

         1.1. Isabel da Cunha [Proc. 8305A IE], solteira, natural de Borba.
  
         1.2. Maria de Sequeira, viúva [não soube de quem].


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