Primeira Geração
1. Joaquim de Sousa Ficalho nasceu em M Borba.
Joaquim casou-se com Ana Justina. Ana nasceu em M Alandroal.
Eles tiveram os seguintes filhos
+ 2 M i. José Maria de Sousa Ficalho.
3 F ii. Teresa Ignácia Sousa ficalho.
Teresa casou-se com Manuel dos Reis em 1828 em M Alandroal.
Segunda Geração
2. José Maria de Sousa Ficalho (Joaquim de Sousa Ficalho) nasceu em M Alandroal.
José casou-se com Maria da Graça em 1822 em S Bartolomeu Borba. Maria nasceu em Niza.
Eles tiveram os seguintes filhos
4 M i. Miguel Maria Sousa Ficalho nasceu em 13.maio.1834 em S Bartolomeu Borba.
Miguel casou-se com Maria Luiza Manhozo em 1854 em S Bartolomeu Borba.
5 M ii. Joaquim Maria Graça Ficalho.
Joaquim casou-se com Joana Conceição Matatão em 1861 em M Alandroal.
6 F iii. Joana do Carmo Sousa Ficalho nasceu em 04.fevereiro.1838 em S Bartolomeu Borba.
Joana casou-se com Manuel do Carmo Frasco Carvalho em 1856 em S Bartolomeu Borba. Manuel nasceu em M Borba.
Desta família descende o fadista borbense João Ficalho
João Ficalho - Fadista Alentejano de Borba
João Manuel Compoête Ficalho , nasceu no Alentejo na cidade de Borba, no dia 6 de Março de 1951.
Desde muito novo,,tomou gosto pela música de tal modo que improvisava baterias musicais no
balcão da taberna de que o pai era proprietário. O bombo eram garrafões, as panelas os tachos e as tampas dos mesmos, as baquetas eram as colheres, garfos e facas compunham, era assim a sua imaginária bateria.
O pai, Miguel Ficalho tocava guitarra, e vendo o gosto que o filho tinha pela música resolveu mandá-lo aprender a tocar guitarra, mas o jovem João, como o professor também dava aulas de viola, é por este instrumento que se sente atraído, com alguma decepção no inicio pela parte do pai, mas passados poucos meses já o João o acompanhava.
Tinha oito anos quando os elementos da conferências de S. Vicente Paulo, de Borba, organizaram um espectáculo no Cine-Teatro de Borba, e o João alcançou enorme êxito ao cantar um tema que ainda hoje é de referência quando pisa palcos, “Vila de Borba”.
A vida na terra não era fácil e os pais quando fez 13 anos mandaram-no para Lisboa-Moscavide, ficando a cargo de familiares, para começar a trabalhar.
Deixa de poder dedicar-se de alma e coração ao instrumento e à música de que tanto gostava.
Aos 17 anos, volta para Borba, e logo se integra no grupo musical 1X2, como viola
e vocalista. Quando o grupo não tem actividade, actua em simultâneo em vários tipos de festas com o teclista João Varela, com quem já mantinha uma grande amizade.
Aos 19 anos cantava e tocava a solo, animando festas, realizando alguns espectáculos e convívios amigáveis.
Ainda com 19 anos casou com a jovem Nazaré , que lhe deu três filhos
É chamado para cumprir o serviço militar e foi mobilizado para a Guiné, onde se mantém de
Janeiro de 1973 a Maio de 1974. Mas na Guiné continua a sua progressão na música, fez parte do grupo musical da Polícia Militar como viola ritmo e vocalista, foi convidado a cantar em directo à rádio de Bissau, a sua actuação não passou despercebida ao proprietário do Bar Gato Negro, que logo o contrata, passando a fazer parelha com o seu amigo João Varela.
Ferido em serviço é evacuado para o continente e internado no Hospital Militar à Estrela onde permaneceu durante 3 meses.
Passa à disponibilidade e de volta a Borba integrou o grupo musical Star Melodia de Vila Viçosa, durante 12 anos, sem nunca deixar de realizar espectáculos de fados.
Mais tarde, e após a extinção deste último grupo musical, fez parte do grupo de Borba Honda-Média, sempre com o fado a ser aquilo que mais gostava de cantar.
Em 1990 começa a compor poemas e a musicar, tornando-se sócio da Sociedade Portuguesa de Autores, onde foi registando os seus trabalhos, e passa a dedicar-se única e exclusivamente ao fado, cantando e tocando na sua viola.
Os anos passam, continua a escrever, mas guarda os seus poemas e músicas numa "caixa de papelão".
Foi convidado a participar no CD de homenagem ao João Rita com 3 poemas de sua autoria, onde também participaram o filho Joaquim Ladeiras e D. Vicente da Câmara.
Em 1996 surge um projecto para formar o Grupo Delta por iniciativa do Sr. Comendador Rui Nabeiro, que se tornou realidade no mesmo ano, estando ainda no activo sempre que é solicitado.
Entretanto, vai levando o nome de Borba por todo o Alentejo, e a outros locais, tais como Espanha, Bélgica, onde cantou ao lado de grandes nomes do fado e da música portuguesa, esteve também na Finlândia, mas a tocar viola, acompanhando João Tenreiro, lembrando sempre com saudade os nomes do Tóquim, Carlos Zel e Maria Leopoldina da Guia, entre outros.
Em Março de 2006, decide editar um CD, com os poemas e músicas que vinha arquivando na sua"caixa de papelão". Fez mais poemas, dedicados a amigos e familiares, e é neste contexto que surge o projecto, "Orgulhoso por ti, Vila de Borba”.
Em Março de 2010, celebra 40 anos a cantar os mais variados géneros de música, rodeado por todos aqueles que o acompanharam e partilharam os bons e os maus momentos ao longo da sua carreira, enquanto amador.
A 30 de Outubro de 2010, apresenta o seu segundo CD “ Fados Novos”. A modéstia, simplicidade e amizade são marcas do João Ficalho. O apoio, o carinho, as palavras de conforto foram referências que nunca lhe faltaram. Não sendo de admirar, a grande afluência de grande parte dos seus amigos, assim como, de grupos musicais, música de baile, de música de ambiente, das fadistices e das boémias.
Já conheço há uma série de anos o João Ficalho, já actuámos os dois, e agora aqui estou com muito gosto a apresentá-lo no meu blogue.
Tive o grato prazer de lhe realizar dois video-clips, que espero que apreciem este grande (compadre) fadista alentejano.
Vítor Marceneiro
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